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As gordinhas e as outras - Por Margarida Rebelo Pinto

"A Gordinha é porreira, é fixe, é divertida, quer sempre ir a todo o lado e está sempre bem-disposta, portanto a Gordinha torna-se uma espécie de mascote do grupo que todos protegem, porque, no fundo, todos têm um bocado de pena dela e alguns até uma grande dose de remorsos por já se terem metido com a mesma nas supracitadas funestas circunstâncias. E é assim que a Gordinha acaba por se tornar muito popular, até porque, como quase nunca consegue arranjar namorado, está sempre muito disponível para os mais variados programas, nem que seja ir comer um bife à Portugália e depois ao cinema.
À partida, não tenho nada contra as Gordinhas, mas irrita-me que gozem de um estatuto especial entre os homens. Às Gordinhas tudo é permitido: podem dizer palavrões, falar de sexo à mesa, apanhar grandes bebedeiras e consumir outras substâncias igualmente propícias a estados de euforia, podem inclusive fazer chichi de pernas abertas num beco do Bairro Alto porque como são ‘do grupo’ toda a gente acha muita graça e ninguém condena."

Para ler o texto na integra: http://sol.sapo.pt/inicio/Opiniao/interior.aspx?content_id=250&opiniao=Opini%EF%BF%BDo#.UDjYQH5HU6i.facebook


Uma crítica muito bem construída, mas muitíssimo bem construída à parvoíce retrógrada da senhora.

BLOGUE DO MANEL - TUDO DO AVESSO:


"A Gordinha é porreira, é fixe, é divertida, quer sempre ir a todo o lado e está sempre bem-disposta, portanto a Gordinha torna-se uma espécie de mulher do grupo que todos protegem, porque, no fundo, todos gostam do seu à-vontade e descompromisso com as críticas. E é assim que a Gordinha acaba por se tornar muito popular, até porque, não tem problemas em arranjar um namorado, que na maior parte dos casos, faz a outra - a meninas bela e bem comportadas - ficar roída de inveja. Mesmo tendo namorado está sempre muito disponível para os mais variados programas, nem que seja ir comer um bife à Portugália e depois ao cinema.
À partida, não tenho nada contra as Gordinhas, nem me irrita que haja quem considere que tenham um estatuto especial entre os homens - que tanta inveja faz à outra. Às Gordinhas tudo é permitido como a qualquer outra: podem dizer palavrões, falar de sexo à mesa, apanhar grandes bebedeiras e consumir outras substâncias igualmente propícias a estados de euforia, podem inclusive fazer chichi de pernas abertas num beco do Bairro Alto sem que ninguém veja; pois são práticas, descomprometidas para as criticas da outra e não por uma questão de graça. Quanto a isso, só a outra é que acha razão para condenar."

Para ler o texto na integra (vale mais a pena do que ler o original): http://bloguedomanel.blogs.sapo.pt/16002.html?view=11906#t11906


Ora o meu comentário a isto tudo que também fiz no bloguedomanel (não fiz no original porque não estou para registar nem dar seguidores nem contribuir de alguma forma para o Sol que odeio profundamente):


O que a atrasada mental da Margarida queria dizer (adicionalmente à sua caça pessoal à Gorda) era que muita gente julga as mulheres pela aparência (ela inclusivé). Associam todo um conjunto de atributos e virtudes a uma mulher bonita e bem arranjada (se é bonita e está bem vestida é porque é simpática, humilde, inocente, canta para os animais da floresta e dá pão e sopa aos pobres nos feriados, etc.) e quando por acaso diz palavrões, dá arrotos, apanha uma bebedeira ou "faz chichi nas ruas do Bairro Alto" desilude e quebra-se o ideal de beleza. 

Isto porque o problema não é a gorda ou a magra (que a Margarida confunde com ser feia ou bonita), o problema é a mulher ser avaliada pelo aspecto ainda nos dias de hoje. Mas há quem quebre estes estereótipos, estes pensamentos de antigamente e estas pessoas é que deviam ter blogues, ir à televisão, aparecer nas revistas... E mais do que isso escrever nas chamadas revistas para mulheres que infelizmente estão cheias de Margaridas.

Muito bem Manel em desmistificares a "gordinha" que a Margarida tão mal estereotipa, que no fundo nem precisa de ser gordinha de todo para lhe servir a carapuça que a Margarida distribuiu às cegas.

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