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No caso dos espermatozóides da mosca-da-fruta, estes microtúbulos formam um flagelo com dois milímetros, o que é 40 vezes maior do que o humano. A equipa, que inclui também cientistas do Instituto de Tecnologia Química e Biológica, em Oeiras, descobriu que o início da formação do flagelo acontece numa fase muito primária do desenvolvimento dos espermatozóides e está intimamente ligado à proteína cuja produção é comandada pelo gene BLD10.

O flagelo "tem um centro que coordena o movimento, para que este seja correcto", explica a investigadora. Esse centro é formado por dois microtúbulos, que por sua vez estão rodeados por outros nove que fazem uma circunferência. Com experiências feitas por Zita Carvalho Santos e imagens de microscopia electrónica obtidas por Pedro Machado, a equipa percebeu que é a proteína do gene BLD10 que permite o crescimento e a estabilização do primeiro microtúbulo central e, depois, num segundo momento, permite o crescimento do segundo microtúbulo. 

"Quando a proteína não está lá, não se forma nem o primeiro, nem o segundo microtúbulo", diz Mónica Bettencourt Dias, explicando que estas duas peças são centrais parao movimento dos espermatozóides. "Um flagelo [sem as duas estruturas da zona central] é como uma roda sem eixo." No IGC, a equipa vai agora tentar perceber como é que esta proteína funciona exactamente.

Ainda não se estudaram os homens inférteis com uma mutação na variante humana deste gene. "É importante perceber isto."



BLD10/CEP135 Is a Microtubule-Associated Protein that Controls the Formation of the Flagellum Central Microtubule Pair



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