E fomos, o casal Fofo, ao Rock in Rio dia 27/05/10 ver: Sum 41, Xutos e Pontapés, Snow Patrol e Muse.

Ficámos a saber um bocado tarde, após uma espécie de denial, que não ia haver Sum 41 porque os Fonzie estavam no palco. E devo dizer que nunca mais digo mal de Xutos e Pontapés, porque os Fonzie foram a maior merda que já ouvi. Nem na queima alguma vez ouvi um concerto tão merdoso e mal cantado!


Os Xutos cantaram as velhotas todas e algumas novas (não sabia que havia a versão heavy metal da música de Fátima/Avé Maria, mas não era má de todo). O ponto alto foi um jovem, maluco, quase de certeza com Tourette's, que se estava a passar completamente desde dizer palavrões aleatórios (ai é esta música FODA-SE! e após o verso "para onde ele vai" ele responder "VAI PO CARALHO!") também tinha a ideia de que os Xutos o conseguiam ouvir a mais de 500m de distância "XUTOS! XUTOS! XUTOS!" para aí 5-6x sozinho. é de salientar que ele estava sozinho em tudo. Depois cantava todas as músicas e fazia o seu air guitar e quando o baterista foi cantar uma música com o guitarrista (Joe Perry/Rolling Stones como eu o andava a chamar) ele começa "E SALTA O CALÓ E SALTA O CALÓ OLÈ OLÉ" umas 5x. Nunca me diverti tanto... Só quando houve uma pausa grande vi uns tiques de ombros que confirmaram a minha suspeita para o diagnóstico de Tourette's. Foi espectacular!


Os Snow Patrol foram o auge de interacção com o público. Cantaram as mais conhecidas, e algumas adicionais, falaram connosco: que Lisboa era muito bonita, que tinham ido ao "castelo", que nunca cá tinham vindo, etc. Mandou apagar as luzes e o pessoal acenou os telemóveis, isqueiros, luzes, o que tivesse à mão que desse luz durante uma das músicas. Depois pôs-nos a cantar "Shut your eyes and sing to me" durante muito tempo com coordenação do lado esquerdo e direito do público o que foi muito divertido. Quando saíram do palco disseram que os Muse eram a melhor banda ao vivo do mundo! O que calha sempre bem claro.



Os Muse... Bem foi o choque de o ver vestido de Elton John, foi a beleza da voz, os efeitos do palco e muito mais. A meio do concerto tive uma quebra de tensão e desmaiei, nunca me tinha acontecido tal coisa. Foi as dores insuportáveis nas costas, nas pernas, a falta de apetite, o calor, o tempo que tivemos de pé à espera... Que culminou no meu desmaio, pela minha experiência anterior sabia que ia desmaiar quando senti que estava a girar e quando fiquei surda. Nesta altura disse para preocupação extrema do Pedro,"segura-me, vou desmaiar".
Quando acordei estava com as pernas no ar, nos braços do Pedro, um estranho a segurar a minha cabeça, e muitas caras a olhar para mim. Depois outro estranho deu-me uma água (a €2 a garrafa foi muito generoso da parte dele).
A viagem para a saída foi atribulada, quase desmaiei outra vez e molhei a cara toda e o pescoço e a blusa consequentemente. Passámos outra rapariga no meio do chão rodeada pelas amigas a dar-lhe água. Depois sentámo-nos durante uns segundos, fomos comprar alguma coisa na forma de açúcar facilmente assimilável. Pouco depois tremia de frio a beber um ice tea gelado (que redundância) e comi um cheeseburger. Fiquei bem, mas congelada. Nesta altura, passou por nós o guitarrista dos Snow Patrol, não lhe dissemos nada...

Acabei por ouvir as músicas que queria, só não ouvi a Butterflies and Hurricanes e não sei se a chegaram a tocar, porque fomos embora pouco antes de acabar que o Pedro já não me queria aturar a tremer de frio e a insistir em ficar para ver tudo.

Ainda bem que só pagámos meio bilhete, mas valeu a pena irmos.

Mais de um ano se passou, mas lá consegui ir doar sangue se bem que a montanha é que foi a Maomé...

No primeiro semestre lá andaram no IST, a ocupar o aquário, com a recolha de sangue, mas eu não fui. Após persuasão da Elisabete lá passamos um bocado de fome para ir três horas depois de almoçar à doação. Antes de dar o meu vermelhinho ainda me mandaram beber um sumo e ainda bem que fiquei um bocado a flutuar no espaço a dada altura.

Desta vez a malária imaginária não me proibiu de fazer nada!